16 de nov. de 2006

SOMA - Cantina Psicodélica -Senhor F

SOMA - Cantina Psicodélica -Senhor F
Cantina do Rock em harmonia com a Lagrima Psicodélica!
Sexta-feira, Outubro 13, 2006

Soma

Pessoal do Lagrimapisicodélica,
Escrevo da Inglaterrra, 3 anos aqui, 43 na veia, vivendo o 'milagre' Lagrimapisicodélica via satélite,voces estao de parabéns, top 10 desde os tempos da BBS do Mandic !!!
O e-mail é sobre o grupo SOMA que eu conheci numa faixa do "Banquete dos Mendigos"Será que a força do Lagrimapsicodélica no meio musical pode trazer de volta pro mundo o trabalho desse grupo ? Tem também o misterio de onde foi parar o filme que eles colocaram a trilha sonora. Segue o que achei na internet (escrevi pro Ritchie sobre o soma mas nada...), se tiverem um contato aqui na Inglaterra pra conseguir uma copia do filme, contem comigo que eu vou procurar. :SomaGrupo formado em 1969 pelo ex-Los Finks (na Espanha) e Out Casts (já no Brasil), Bruce Henry (baixo e voz), Jaime Shields (guitarra e voz), Alírio Lima (bateria) e, ainda, Ricardo Peixoto (guitarra), que depois tocou com Flora Purim e Airton Moreira. Como trio, gravaram quatro músicas para a coletânea Barbarella (nada a ver com o filme), lançada pelo selo Red Bird Records, em 1971. Sem sucesso, e com o clima ditatorial adverso, o grupo deu um tempo, com seus integrantes dispersando-se pelo mundo.
Em 1974, o grupo reorganizou-se, já com a presença do vocalista e flautista Richard Court (Ritchie), recém chegado da Inglaterra, de onde veio à convite de Rita Lee. Com Bruce, Shields, Alírio e Ritchie participa de shows no Rio de Janeiro, especialmente, do disco coletivo Banquete dos Mendigos, produzido por Jards Macalé, em comemoração aos 25 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Na mesma época, Bruce, Jaime e Alírio gravaram a trilha sonora de Meu Bag Blues, um filme sobre Ronald Bigs, então vivendo no Rio de Janeiro, que acabou não rolando. Além dos três músicos do Soma, ainda participaram do projeto, o saxofonista Nivaldo Ornellas e o tecladista Guilherme Vaz, que depois escreveu a premiada trilha sonora do filme Rainha Diaba. Em meados dos anos setenta, com participação do pianista Tomas Improta, a banda passou a realizar shows com influência mais jazística, até terminar.
Atualmente (2000), Bruce Henry é o único a se manter ativo no meio musical, com participação em gravações dos principais músicos brasileiros e vários álbuns solos editados.A incrível história de 'My Bag Blues'* Fernando RosaEm sua viagem de retorno para a Inglaterra, onde foi se "entregar", o "assaltante do trem pagador" Ronald BigGs levou uma raridade do rock brasileiro: a trilha sonora de 'Meu Bag Blues' - um filme inédito sobre sua história - gravada pelo grupo Soma, em meados dos anos setenta.
O objetivo, segundo falou o filho de Biggs à imprensa, recentemente, é tentar editar o material que, além da curiosidade histórica, tem ótima qualidade musical, segundo seus poucos e privilegiados conhecedores.A história contada em edição anterior de Senhor F no início do ano, pelo próprio Bruce Henry, um dos integrantes do Soma, ao lado de Jayme Shields e Alírio, é tão fantástica quanto a própria biografia de seu personagem. Segundo Henry, a fita foi inicialmente bancada pelo próprio Ronald Biggs, e gravada em estúdio do Rio de Janeiro, quando a banda estava no auge de sua fama no cenário underground brasileiro. Depois de várias tentativas de edição, a fita "sumiu" e somente veio à tona recentemente, quando Bruce Henry ganhou a master original de presente do proprietário do estúdio.Na época, as gravadoras, tanto brasileiras quanto estrangeiras, negaram-se a editar o material, sob a justificativa de que não seria "ético" lançar um material envolvendo a controvertida figura de Ronald Biggs. Argumento hipócrita, que foi rotundamente derrubado pelos próprios conterrâneos de Biggs, a banda punk Sex Pistols, que gravou, posaram para fotos e elegeram o assaltante do trem pagador um de seus ídolos.Segundo disse Bruce a Senhor F, o nome 'Meu Bag Blues' deve-se ao fato de que os presos de 'Sua Majestade' passavam o tempo a costurar sacos de correio, nas cadeias da Inglaterra.
Além dos três músicos do Soma, ainda participaram do projeto, o saxofonista Nivaldo Ornellas e o tecladista Guilherme Vaz, que depois escreveu a premiada trilha sonora do filme 'Rainha Diaba'.O grupo Soma nasceu em 1969, formado por Bruce Henry (baixo e voz), mais Jaime Shields (guitarra e voz), Alírio Lima (bateria) e, ainda, Ricardo Peixoto (guitarra), que depois tocou com Flora Purim e Airton Moreira. Como trio, gravaram quatro músicas para a coletânea 'Barbarella' (nada a ver com o filme), lançada pelo selo (nacional) Red Bird Records, em 1971. Sem sucesso, e com o clima ditatorial adverso, o grupo deu um tempo, com seus integrantes dispersando-se pelo mundo.Em 1974, o grupo reorganizou-se, já com a presença do vocalista e flautista Richard Court (Ritchie), recém chegado da Inglaterra, de onde veio à convite de Rita Lee. Com Bruce, Shields, Alírio e Ritchie, a banda participa de espetáculos no Rio de Janeiro, especialmente do show/disco coletivo 'Banquete dos Mendigos', produzido por Jards Macalé, em comemoração aos 25 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. É deste disco a gravação mais conhecida da banda, a música 'P.F.'.Antes de formar o Soma, Bruce Henry integrou o The Outcasts, grupo de garagem do Rio de Janeiro. The Outcasts lançou um LP e um compacto, pelo selo Elpa, da Elenco, com originais e covers de The Who ('My Generaiton'), Rolling Stones e Bob Dylan.Soma, um mistério desvendado* Fernando Rosa.
O grupo Soma é um dos maiores mistérios da história do rock brasileiro. Além da lenda, pouco se conhece da banda que teve o cantor Ritchie entre seus integrantes. Em disco, até pouco tempo, a única música conhecida era P. F., do disco coletivo O Banquete dos Mendigos, gravado ao vivo, em 1974. Com persistência e ajuda de amigos, Senhor F levantou a história completa da banda, que passamos a contar.The Out CastsA história começa na Espanha, mais exatamente em Madri, no Clube Miramar, por volta de 1963/64. Ali, na onda dos Beatles, tocava um grupo chamado Los Finks, que tinha no baixo o americano Bruce Henry. Na época, Bruce era amigo de Fernando Arbex, que começou tocando rock instrumental com Los Pekenikes e depois formou o famoso Los Brincos, o melhor grupo espanhol dos anos sessenta. Esse grupo teve vários de seus hits vertidos para o português, especialmente pelos Incríveis ('Renascerá' e 'Giullieta', no álbum 'Mundo Louco', por exemplo). Arbex ainda fez parte do grupo Barrabas, nos anos setenta.Dois anos depois, Bruce estava no Rio de Janeiro, estudando no Colégio Americano. Na escola, conheceu Rick Strickland Jr, outro americano, com quem formou o grupo The Out Casts. Junto com Bruce (baixo e voz) e Rick (guitarra e voz), estavam Chico Azevedo (bateria) e Gee Bee - assim está creditado no disco - (também guitarra).Com idades em torno de 16 anos e visual psicodélico, que incluia roupas coloridas, show de luzes e bateria fluorescente, The Out Casts fez um certo sucesso na cena carioca de garagem da segunda metade da década. O grupo apresentava-se com assiduidade em clubes como Boliche 300 e Paissandu e também fazia aparições na televisão. Em 1967, abriram show para Roberto Carlos, no pavilhão do São Cristóvão, no Rio de Janeiro.Totalmente obscuro, o grupo gravou um álbum chamado 'My Generation', em 1967. No repertório, composições originais e covers para clássicos do Who, Rolling Stones e Bob Dylan, entre outros. O disco foi lançado pelo desconhecido selo ELPA, que vinha a ser uma espécie de tentativa do Elenco de criar um braço pop. O selo Elenco, de Aloisio de Oliveira, era especializado em Bossa Nova. Além do álbum, ainda foi lançado um compacto com 'My Generation' (The Who), que abre o lp.O grupo acabou em 1968, deixando um segundo disco gravado, mas que nunca foi editado, devido a falência do selo.
Um ano após, Bruce Henry já havia formado o grupo Soma, enquanto Chico Azevedo passou a tocar com Gilberto Gil e outros músicos e Rick Strickland Jr. abandonou a música.SomaAo contrário do que muita gente pensa, o Soma, portanto, não começou em meados dos anos setenta. O grupo nasceu em 1969, formado por Bruce Henry (baixo e voz), mais Jaime Shields (guitarra e voz), Alírio Lima (bateria) e, ainda, Ricardo Peixoto (guitarra), que depois tocou com Flora Purim e Airton Moreira. Como trio, gravaram quatro músicas para a coletânea 'Barbarella' (nada a ver com o filme), lançada pelo selo (nacional) Red Bird Records, em 1971. Sem sucesso, e com o clima ditatorial adverso, o grupo deu um tempo, com seus integrantes dispersando-se pelo mundo.
Em 1974, o grupo reorganizou-se, já com a presença do vocalista e flautista Richard Court (Ritchie), recém chegado da Inglaterra, de onde veio à convite de Rita Lee. Com Bruce, Shields, Alírio e Ritchie participa de espetáculos no Rio de Janeiro, especialmente do show/disco coletivo Banquete dos Mendigos, produzido por Jards Macalé, em comemoração aos 25 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Álbum duplo, gravado ao vivo, a obra permanece inédita em cd até hoje.Na mesma época, Bruce, Jaime e Alírio, gravaram uma das maiores raridades da discografia nacional, a trilha sonora de 'Meu Bag Blues', um filme sobre Ronald Bigs, então vivendo no Rio de Janeiro, que acabou não rolando. Segundo o próprio Bruce, o nome 'Meu Bag Blues' deve-se ao fato de que os presos de Sua Majestade passavam o tempo a costurar sacos de correio, nas cadeias da Inglaterra. Além dos três músicos do Soma, ainda participaram do projeto, o saxofonista Nivaldo Ornellas e o tecladista Guilherme Vaz, que depois escreveu a premiada trilha sonora do filme 'Rainha Diaba'.A fita, inicialmente bancada pelo próprio Ronald Biggs, depois de várias tentativas de edição, tanto na Inglaterra quanto nos Estados Unidos, se perdeu nos escaninhos do tempo. Segundo Bruce, a negativa vinha sempre acompanhada da justificativa de que não seria "ético" lançar um material envolvendo a controvertida figura de Biggs. Argumento hipócrita, derrubado logo após pelos conterrâneos Sex Pistols, que gravaram, posaram para fotos e elegeram um de seus ídolos o assaltante do trem pagador.
Recentemente, Bruce Henry ganhou de presente do proprietário do estúdio, o master original das gravações. O que reacende a idéia de ver esse material editado, agora em cd.Em meados dos anos setenta, com participação do pianista Tomas Improta, a banda passou a realizar shows com influência mais jazística, até terminar já quase no final da década. Atualmente, Bruce Henry é o único a se manter ativo no meio musical, com participação em gravações dos principais músicos brasileiros e vários álbuns solos editados.
Leia mais:Bruce Henry - http://www.brucehenry.stop.toPiscodelia & Progressivo brasileiro (introdução)O som de garagem no Brasil (introdução)Los Brincos (biografia)DiscografiaThe Out Casts - My Generation (lp, 1967)The Out Casts - My Generation (compacto, 1967)Soma - Barbarella (lp, 1971, participação com as músicas: Potato Fields, Fragments, Treasures, Where)Soma - O Banquete dos Mendigos (lp, 1974, participação com a música: P.F.)Bruce Henry - ver site do baixista.--------------------------------------------------------------------
----------Valeu !André
Postagem feita André.Vamos esperar que nossa galera tenha este material para disponibilizar...
Johnny F
Domingo, Novembro 12, 2006

Cantina Psicodélica :

Olá Amigos da Lágrima Psicodélica!
Banda SOMA: Três Canções Inclusive P.F., do LP Banquete dos Mendingos, que alguem poderia postar aqui né! http://lagrimapsicodelica.blogspot.com
Soma Programa Senhor F 8
Em especial a Johnny F, que após um contato acabei criando o blog Cantina do Rock onde acabo relembrando alguns sons que fui conhecendo ao longo da jornada.A situação é que garimpando arquivos na L. P. acabei deparando com um apelo do André que está na Inglaterra a respeito de arquivos sonoros da banda carioca SOMA.
Bom lembreime de imediato que deveria ter em algum HD arquivos da antigo programa do Senhor F na Usina do Som, e entre os arquivos sobreviventes a diversas formatações e filtros estava lá: Programa Senhor F 08, por Fernando Rosa. Desvendando os misterios do rock Brasuca.Então passei para MP3 este programa dividido em tres arquivos contendo três canções e comentários de Fernando Rosa acho de 1998.Aproveitando gostaria de acradecer a Fernado Rosa e seus trabalhos, que vem desde a muito tempo documentando e disponibilizando grandes trabalhos do nosso Rock!
E claro quem tiver todos os programas do Senhor F da Usina do Som em bom estado, poderia posta-los!Seria muito bom para a Lágrima Psicodélica e seus colaboradores!
Em breve também postarei em meu blog!
Valeu! Senhor F Fernando Rosa
Valeu! Lágrima Psicodélica Johnny F
Beleza
mvfap

Seria muito bom mano, ouvir esses programas do Senhor F da Usina do Som...Só discordo de vc em uma coisa: "em bom estado", hehehehe, para quem é "viciado" e tem "fome de viver" o registro histórico vale mais do que pesa...
Johnny F
Beleza!

O Perdão - Cristiane Bicca

O Perdão
Por: Cristiane Bicca

Todos nós buscamos a felicidade. Mas que felicidade é essa que quanto mais se procura mais distante fica? Para que realmente a encontremos é necessário conhecermos a nós mesmos e colocarmos em prática a nossa reforma íntima, ou seja, a renovação das nossas atitudes.
Por isso, hoje, falaremos sobre o perdão, uma das maiores virtudes, através das quais alcançaremos a paz e a felicidade interior.
Como nos mostra Miramez em Horizontes da Mente, o PERDÃO é um fato, sem que exista discussão sobre o assunto, pois se fundamenta no amor e é sustentado pela caridade, sem insultar a lei da justiça.
Infelizmente, nosso conceito de perdão pode limitar ou dificultar a nossa capacidade de perdoar. Dizem que perdoar é coisa de gente fraca , medrosa, boba. Possuímos crenças negativas de que perdoar é aceitar de forma passiva tudo o que nos fizeram. Achamos que perdoar é aceitar agressões, desrespeito aos nossos direitos. Muitos afirmam: "eu não levo desaforo para casa!..." Somos alguns destes?
Será que a pessoa que perdoa demonstra fraqueza de caráter? Temos a certeza que não.Aliás esta certeza não é nossa, mas do Cristo que nos recomendou e viveu o perdão incondicional. E não consta que o Mestre tenha demonstrado em Sua vida fraqueza de caráter. Alguns até pensaram que ele era meio fraco, já que quando perseguido e açoitado, não esboçou qualquer gesto de reação e no auge do seu martírio ainda foi capaz de pedir ao Pai que perdoasse os seus ofensores.
Até hoje ninguém lembra daqueles que o crucificaram, mas o nome do "imaginado fraco", do grande pacificador, cruzou os mares, venceu a linha do tempo, ficando conhecido em todo o mundo, a tal ponto de dividir a história da humanidade em antes e depois Dele.
Não existe uma razão plausível para não perdoar, mas existem muitas razões para exercitarmos o perdão. Vamos ver algumas delas?
A primeira razão para perdoar encontra-se na constatação de que todos nós ainda somos imperfeitos. Não há ninguém, no atual estágio do planeta Terra, que tenha atingido a perfeição, por isso, o erro faz parte das nossas vidas. A visão da eternidade, que a doutrina espírita nos mostra, abre os nossos horizontes, pois se já percorremos inúmeras encarnações, muito já aprendemos, porém temos que aprender outras centenas de lições. E como o Criador está em constante processo de criação, cada um de nós iniciou sua trajetória evolutiva em época diferente da dos demais. Logo, cada um de nós está em determinada faixa evolutiva, com determinados aprendizados já realizados e com muitos outros a serem realizados.
Então, se alguém nos ofende, não o faz por maldade, mas por ignorância. Ignorância, significa, que quem nos ofendeu ignora, ainda não aprendeu a lição do respeito. Somente quem tem a visão da imortalidade do espírito pode compreender a trajetória que todos nós realizamos, passo a passo, degrau a degrau.
Um exemplo simples: se déssemos a um aluno do Primeiro Grau uma equação algébrica para ele resolver, dificilmente conseguiria e nem por isso seus professores ficariam decepcionados com ele. Simplesmente entenderiam que ele não estava em condições de resolver o problema. Ele ainda era ignorante em álgebra. Futuramente não será mais.
Sendo assim, haveremos de aceitar as pessoas como elas são; cheias de virtudes e defeitos. Não há perfeição, ainda somos imperfeitos. Vamos sair da ilusão de que os outros devem ser perfeitos, principalmente quando agem conosco.
Muitos dizem: "Ah, eu me desiludi com aquela pessoa". É claro! Sabem porquê ? Porque se iludiram com ela, pensando que esta seria perfeita o tempo todo. Provavelmente, notaram muitas virtudes e aí passaram a imaginar que aquela pessoa era um "anjo caído do céu", mas quando esta mostrou os seus defeitos, veio a desilusão, o engano, a decepção. Aí, muitos dizem que não conseguem perdoar porque estão muito magoados. Porém, o problema não está no outro, pois era previsível que por mais especial que esta pessoa fosse, um dia acabaria agindo de forma diferente daquela que esperávamos. O erro está em nós, que não aceitamos as pessoas como elas são.
Será que estamos aceitando as pessoas como são? Será que não estamos esperando muito dos outros? Será que estamos esperando lidar com seres angélicos num planeta de provas e expiações?
Podemos dizer: Sem Aceitação, Não há Perdão!
Nos aceitando e aos nossos irmãos como eles são, nossos relacionamentos ficarão melhores. Sabem porquê? Porque não haverá tanta cobrança, tanta expectativa. E quando eles ou nós errarmos, e eventualmente nos prejudicarmos, haveremos de lembrar do Mestre Jesus, que perdoou a todos, exatamente porque aceitou a cada um de nós do jeitinho que somos.
Um outro motivo para esquecermos as ofensas está na constatação de que o perdão traz um grande alívio para quem perdoa. Nem sempre para quem é perdoado. Porque muitas vezes quem é perdoado não consegue se livrar da sua consciência, mas este também precisa aprender a se perdoar e a recomeçar novamente. O autoperdão também é importante. Para que reconhecendo os nossos erros encontremos forças para reformular nossas atitudes e começar uma nova vida.
Considerando a própria fragilidade, o indivíduo deve conceder-se a oportunidade de reparar os males praticados, reabilitando-se perante si mesmo e perante aqueles a quem haja prejudicado.
O arrependimento, puro e simples, se não acompanhado da ação reparadora, é tão inócuo e prejudicial quanto a falta dele.
O autoperdão ajuda o amadurecimento moral, porque propicia clara visão responsabilidade, levando o indivíduo a cuidadosas reflexões, antes de tomar atitudes agressivas ou negligentes, precipitadas ou contraditórias no futuro.
Quando alguém se perdoa, aprende também a desculpar, oferecendo a mesma oportunidade ao seu próximo.
Caso não nos perdoarmos ou não perdoarmos alguém, carregaremos os sentimentos de mágoa e ressentimentos e este lixo tóxico produzirá em nosso organismo doenças de difícil tratamento. Por que? Porque se alimentarmos idéias de ódio e vingança entramos na mesma sintonia de agressão e sobrecarregamos nossos centros energéticos, perturbando o nosso organismo, desencadeando um mundo de distúrbios, fazendo com que nosso espírito sofra as conseqüências do que provocou.
Eis o porquê do PERDÃO.
Muitos podem estar se perguntando como podemos aprender a perdoar.
Uma das ferramentas básicas para alcançarmos o perdão real, é conseguirmos nos manter a uma certa "distância psíquica" da pessoa, do problema ou das discussões. O que seria esta distância psíquica? É conseguirmos analisar, o problema como se não fosse conosco. Porque este distanciamento fará com que não exageremos na interpretação do problema, caindo em impulsos desequilibrados causando uma sobrecarga em nossa energia mental. A mente com este desequilíbrio dificulta o perdão. Então, nos desligando da agressão ou do desrespeito, nosso pensamento vai sintonizar com mais clareza e nitidez no bem, renovando a "atmosfera mental".
Ao desprendermo-nos mentalmente, passamos a usar construtivamente os poderes do nosso pensamento, evitando os "deveria ter falado ou agido", eliminando da nossa imaginação os acontecimentos infelizes que aconteceram conosco.
É fator imprescindível, ao "separar-nos" emocionalmente de acontecimentos infelizes, a TERAPIA DA PRECE como forma de nos harmonizarmos, pois a prece refaz os sentimentos de paz e serenidade, facilitando a harmonização interior.
Desligar-se não é um processo de nos tornar insensíveis e frios, comportando-nos como criaturas inacessíveis as ofensas e críticas. Desligar-se, quer dizer deixar de alimentar-se das relações destrutivas, desvincular-se mentalmente das relações doentias ou de problemas que não podemos solucionar no momento.
Ao soltarmo-nos desses fluidos que nos amarram a essas crises, temos a chance de enxergarmos novas formas de resolver dificuldades e desenvolvermos a nobre tarefa de nos compreender e compreender os outros.
Quando aceitaremos fazer este "distanciamento" mais facilmente? Quando conseguirmos acreditar que cada ser humano é capaz de resolver seus problemas, e é responsável por todos os seus feitos na vida, permitindo que sejam, e se comportem como queiram, dando-nos a nós essa mesma liberdade.
Viver nos impondo certa "distância psicológica" às pessoas ou coisas problemáticas, sejam entes queridos difíceis ou companheiros complicados, não significa que deixaremos de nos importar com eles ou de amá-los ou de perdoar-lhes, mas sim de viver sem enlouquecer pela ânsia de tudo compreender, suportar e admitir.
Compreendendo, que ao promovermos, este distanciamento psicológico, teremos mais habilidade e disponibilidade para percebermos o processo que há por trás dos comportamentos agressivos, permitindo-nos não reagir da mesma maneira que fazíamos e sim olharmos "como é, como está sendo feito" nosso modo de nos relacionar com os outros, isto nos leva a começar a entender a dinâmica do perdão.
Uma das mais eficientes técnicas de perdoar é retomar o vital contato conosco mesmo, deixando-nos de ser vítimas de forças fora do nosso controle para transformar-nos em criaturas que criam sua própria realidade de vida, pois como já diz o nosso querido Divaldo Pereira Franco:
"O PERDÃO É SEMPRE PARA QUEM PERDOA".
Por isso, não nos contaminemos pela raiva, pela cólera e pela mágoa. Vivamos em paz e com a nossa consciência tranqüila pronta para merecer o perdão das pessoas que prejudicamos com os nossos atos, palavras e pensamentos, pois somente será perdoado aquele que perdoa. Essa é a lei.
Façamos uma proposta conosco mesmo: passemos uma borracha em todos os sentimentos de mágoa que e ainda temos. Libertemo-nos do ódio, expulsemos a mágoa, perdoemos os nossos ofensores e a nós mesmos, pois todos nós necessitamos do perdão Deus ensinado por Jesus na oração do Pai Nosso.
Se Deus, a Suprema Bondade, compreende nosso erros, porque não haveríamos de entender os erros alheios?
Experimente perdoar, pois quem aprender a perdoar jamais se esquecerá, por sentir os efeitos de felicidade que advém deste fato.
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